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Por que 89% dos estudantes chegam ao final do Ensino Médio sem aprender o esperado em matemática?





Um desafio incontestável que ano a ano, trazem índices nada satisfatórios.


Investimos tanto tempo e dinheiro na educação, e ao final, descobrimos este prognóstico triste e alarmante.

Todos e todas se veem envolvidos nesta questão, mas há culpados?

Aulas pouco dinâmicas = alunos desmotivados = formação deficiente = pré-conceitos em relação à matemática...

Este ciclo vicioso se internaliza e instaura crenças limitantes que atingem alunos das séries iniciais e finais.

Perdem os alunos, a sala de aula, os professores, a escola, a comunidade.

Um efeito cascata, que nos remete a um déficit alarmante e progressivo para as faculdades e o meio profissional.

O ensino cai, as formações ficam fragilizadas, aumentam as taxas de repetência e evasões.

Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), ocupamos a desconfortável 57ª posição dos 65 países que estão no rank.

E o que dizer do meio social na questão profissional e financeira que não é avaliado por testes, mas percebe-se o resultado infeliz e insatisfatório?

E acreditem: constatamos que é o começo ruim, o principal fator dos péssimos resultados posteriormente, na educação e na vida.

Já nas séries iniciais, alunos e alunas se sentem excluídos.

A complexidade dos conceitos exigidos na área, dificultam o tempo de experimentação, prática e conquista.

Muita lição de casa é tão ruim quanto nenhuma.

Para entender a teoria envolvida desde os seis anos de idade, é fundamental utilizar a prática, os jogos e a ludicidade.

Ordenação, seriação, classificação são conceitos que precisam ser vividos.

Não adianta repetir contas. Isso não internaliza a prática matemática e só traz mais insegurança..

É necessário organizar o pensamento concreto para então, passar ao abstrato.

Etapas que se sucedem e que precisam ser gerenciadas para que não sofrermos de “matofobia”; não podemos instaurar esta aversão ao conteúdo da disciplina.

O medo dos números não atinge somente as crianças. Estão também em professores, que não negam se esquivar da matéria, na escolha da carreira e em diversos adultos que se sentem frustrados em lidar com os números.

Uma armadilha na média de bons resultados.

Equalizar conteúdos para que não sejam exagerados e nem frustrantes, mas também não se tornem morosos e desestimulantes é um processo que precisa de total atenção e extremo cuidado.

Sem ser receita e nem buscando fórmulas mágicas, existe um movimento de três frentes que estão começando passos de empoderamento na área.

1) Cuidar dos professores e professoras, formando grupos com propostas de estudo, jogos e atividades de domínio prático na área, desenvolvem nas escolas resultados significativos e promissores com capacidade de habilitar multiplicadores.

2) Plano psicopedagógico de espaço complementar para estudo e domínio da matemática, facilita a inclusão dos alunos e alunas. Quando mais cedo se começa esta prática, mais garantias de positividade perpetuamos.

3) Aulas de reflexão no estudo da licenciatura, sensibilizam e conscientizam os futuros professores e professoras de como intervir e não interferir nas aulas; o objetivo é promover o conhecimento e não favorecer a correção e julgamento do erro. Afinal, a matemática surge do desejo de descoberta, experimentação, produção de hipóteses e verificação – não pode ser um mero treinamento motor e desconectado do pensar/refletir/ criar.

“Se você não muda o jeito de agir, jamais mudará o resultado”.

Consulte novos e intencionais processos.

Adriana Meyer

Matemática, psicopedagoga e coaching educacional





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