Quantas vezes ouvimos:
- Faço de tudo, mas ele/ela, não me obedece nunca?
- Eu preciso falar 20 vezes e parece que só me escuta quando grito?
- Eu estou falando para o seu bem, e você, faz exatamente ao contrario?
E por ai vai...
E quantas vezes, perto de uma família, vemos cara de reprovação e expressão clara de julgamento sobre os pais que não sabem fazer "a criança obedecer".
Tanto a queixa dos pais, como a sentença de incompetência expressa na fisionomia de alguns adultos próximos, são questões que incomodam e frustram; que nos fazem pensar em como devemos criar nossos filhos e filhas.
MAS, A OBEDIENCIA, É UM PLANO BOM NA CRIAÇÃO?
Se observarmos no dicionário, fica claro a inconveniência.
"A obediência pode ser classificada como uma das virtudes e se define como um comportamento pelo qual um ser aceita as ordens dadas por outro".
Quando converso com pais, professores e cuidadores, percebo que é bem diferente o que desejam.
Querem, na verdade, que haja discernimento:
"Discernimento é a faculdade de escolher o certo, ter critério ou juízo; ou efeito de se distinguir com raciocínio sobre as coisas"
Queremos sim, favorecer nos nossos filhos e filhas, numa formação com discernimento, e não a obedecerem.
Você, acompanhando esta reflexão, pode até cair na tentação de pensar: não tem grande diferença!
Mas quando encontramos adultos que agem mais em obediência do que discernimento, vemos o quanto tem REAL diferença.
Ana Maria Machado, resgatou um conto de fadas não muito popular, mas que traz este contexto bem claro. A história do João Bobo.
Você conhece?
O livro é excelente, mas há vídeos accessíveis, caso prefira.
É a pura materialização da dificuldade de sermos mais obedientes do que reflexivos.
Trabalho esta questão com diversas idades e a constatação é sempre a mesma: duvida do que realmente querem quando exigem uma postura do outro?
E você? Sabe que quando sugere "obediência", qual a sua verdadeira intenção?
Encoraje seus filhos e filhas, a refletirem sobre possibilidades e caminhos de resoluções, não apenas a seguir regras.
Com certeza, os resultados serão muito mais próximos do que desejamos para o futuro de nossas crianças.
Meu nome é Adriana Meyer e como psicopedagoga, meu maior objetivo é uma educação emocional inserida em todas questões do dia a dia.
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