Um mundo rico em informações consome a atenção de quem a recebe. "Eis porque a riqueza da informação cria a pobreza da atenção" - Herbert Simon (premio Nobel da economia)
Uma enxurrada de dados todos os dias.
Informações dos mais diversos tipos, à qualquer hora, muitas vezes sem nem comprovação e veracidade.
Nos vemos obrigados a sobreviver criando ferramentas perigosas (selecionar e-mails por assuntos, pular mensagens, ler partes, criar sentido sem informações verídicas etc) e, nestes artifícios, acabamos ineficazes e superficiais; sabemos tudo e não conhecemos nada.
Temos ciência que ficar 30 minutos em um museu é diferente de contemplar por 2 horas, mas nos contentamos com 20 minutos...
Estamos em uma "atenção parcial contínua"**, e o preço a pagar? Confusão mental, sobrecarga intelectual, perda de informações relevantes, frustração e consciência de ações com falta de qualidade.
Há um empobrecimento da atenção!
Muitas vezes, não conseguimos distinguir e nos concentrar em coisas sérias, banalizamos as informações e criamos um distanciamento emocional perigoso.
É como se tudo passasse e não houvesse efeito na gente.
Estudos da ciência cognitiva, interligam a concentração, ao poder da atenção seletiva e à capacidade da consciência aberta.
É a atenção que direciona nossa mente para inspecionar e gerenciar operações mentais.
Se perdemos uma parte, descompensamos a outra.
No campo emocional, a autoconsciência promove a autogestão, a empatia é a base da habilidade de se relacionar bem, o foco nos trás a manutenção do princípio ativo, e por aí vai.
Ou seja, estas descompensações, sabotam a qualidade de vida e a competência profissional.
Se estou perdendo o foco continuamente, como ter repertório, planejamento e habilidades para ação, decisão e resolução?
Segundo Daniel Goleman, há uma tríade no foco: "o foco interno, o foco no outro e o foco externo". Uma vida bem vivida precisa que dominemos os três.
Estudos comprovam que a atenção funciona como um músculo; se bem utilizada expande, se pouco utilizada, definha.
Temos necessidade de fazer um qualitativo treinamento.
E qual o caminho?
Para não ser um desorientado (não percebo as minhas necessidades; falta de foco interno), desligado das emoções dos outros (sem foco no outro) e desinformado (sem atenção no mundo que nos rodeia), preciso trabalhar minha concentração, e o melhor jeito é equilibrando minhas ações; existe sim, tempo correto e momento adequado para usar as redes sociais, acessar o celular, manter as comunicações virtuais..
Precisamos trabalhar objetivamente para apurar nosso foco e para acompanhar uma história pelo enredo, concluir uma tarefa que goste ou não, aprender associando às minhas necessidades, do mundo e dos outros e criar com autonomia, conhecimento e convicção.
Então, Foca no próximo post que vamos falar mais sobre
Adriana Meyer
Psicopedagoga e coaching de encorajamento
Para saber mais leia: ** Goleman, Daniel - Foco, A Atenção e seu Papel Fundamental para o sucesso
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